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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Entrevista Coordenador Futsal 2018/19


João Paulo Braga Seabra


O que o cativou no projeto da ADT?

A ADT é um clube que tem dados passos seguros no crescimento, fazendo
ano após ano aposta na formação. A sua localização, ou seja, na cidade de
Águeda, também pesou na minha decisão, pois considero que Águeda é uma
cidade com grande potencial desportivo e associativo.

Quais os objetivos?

O grande objetivo passa por consolidar o clube no mapa do futsal distrital, nomeadamente na 1 divisão distrital, e sendo um pouco mais ambicioso, não descartamos uma subida aos nacionais num período de tempo não muito longínquo, e é nesse sentido, que o clube continua a apostar na formação. Direi que para conseguir atingir esse objetivo é importante formar com qualidade. Queremos ser uma referência no futsal mais jovem a nível concelhio, e regional, e não é por acaso que o clube está a passar por um processo de certificação a nível da FPF. 
A nível competitivo na formação, os resultados não serão uma prioridade, mas claro que queremos formar mas também se nas horas de decisão se as coisas se proporcionarem, não vamos deixar de lado a possibilidade de alcançar algum resultado mais significativo e que se traduza em títulos. A nível sénior, o objetivo é a permanência e a procura da melhor classificação possível. Queremos criar uma equipa competitiva e que seja um exemplo para todos os atletas do clube.

Na formação, o que pretende introduzir?

Principalmente foco no atleta e na sua formação enquanto jogador e Homem, organização e métodos de trabalho. Formar treinadores para estes poderem formar os atletas. Pretendemos seguir o plano de formação dos atletas, projetado pela FPF.

A ADT pode, a médio prazo, ser uma potência na região?

Sim, sem dúvida! É esse o nosso objetivo.

Que objetivos já foram conseguidos ou concretizados?

Desde o início da época, posso destacar 4 que foram amplamente conseguidos. O estágio de pré-época realizado fora de portas que juntou 4 escalões (Séniores, juniores, juvenis e iniciados), e que foi bastante importante para um melhor conhecimento de todos os envolvidos. A realização de uma ação de formação, onde estiveram presentes cerca de 70 treinadores das mais variadas modalidades e pontos do país, visto que era uma ação de componente geral. A terceira e uma das mais importantes, a atribuição a cada escalão de um Padrinho, que ficou a cargo de alguns jogadores da equipa sénior, nomeadamente, Mário Pires nos juniores, Ricardo Quintas nos juvenis, Erineu Landim nos iniciados, Diogo Matos nos infantis, e João Pedro (Jota) nos benjamins. A ideia dos padrinhos é que os mesmos acompanhem as equipas apadrinhadas e que sejam referências para os atletas das respetivas equipas. Para o fim deixo aquela que consideramos mais relevante, que é a criação da escolinha de futsal, nomeadamente com a equipa de petizes que arrancou no mês de Novembro, e que já conta com alguns atletas inscritos, com treinos às quartas-feiras. 

O que ainda não foi concretizado?

Neste ponto, são as coisas mais de ordem de planificação a nível de organização, gestão e sobretudo de questões do foro técnico que estão ainda um pouco atrasadas.

Quais as maiores dificuldades que tem encontrado?

A figura do coordenador é algo novo no clube, e deste facto é perfeitamente normal que haja uma certa desconfiança ou até mesmo um olhar de soslaio para o coordenador. Mas a resistência em relação à mudança nem sempre sendo pacífica, com alguns obstáculos, está agora numa fase de melhor assimilação por parte dos treinadores, na aceitação das diretrizes e regras estipuladas quer por mim quer pela direção. Neste ponto os treinadores têm de começar a mudar e a pensar menos em si e mais naquilo que é formar de acordo com as prioridades definidas pelo clube.

Como está a correr a época?

Como referi anteriormente, o ganhar não é prioridade, a prioridade passará sempre por formar e tentar fruto da formação abastecer a equipa sénior todos os anos com 3-4 jogadores. Dentro do segundo sentido da pergunta, é evidente que conhecendo bem os plantéis de todas as equipas, as coisas estão a correr dentro do esperado e planeado inicialmente, sendo que num escalão ou outro as coisas poderiam estar um pouco melhores. A nível da equipa sénior as coisas estão a correr muito bem, estando a nossa equipa neste momento em 1º lugar, fruto do compromisso, responsabilidade e do trabalho realizado diariamente nos treinos.

Falou à pouco que o clube atravessava um processo de certificação, quer falar um pouco mais sobre esse processo e do que se trata?

O Processo de Certificação da FPF visa avaliar, reconhecer e certificar a atividade de todas as Entidades que disponibilizam formação nas modalidades de futebol e futsal a jovens praticantes até aos 19 anos e, dessa forma, contribuir de forma decisiva para elevar os padrões de qualidade do processo de formação dos praticantes em Portugal. A partir da época 2020-2021, apenas as equipas certificadas poderão competir em provas nacionais. Nós ADT, estamos empenhados na certificação e de tentar vermos reconhecidas as nossas competências enquanto clube formador.

Para finalizar, quer deixar alguma mensagem?

Que todos os sócios, simpatizantes, amigos, pais, patrocinadores, continuem a apoiar a ADT, para que deste modo possamos continuar a crescer e sermos um clube de referência, não só a nível concelhio, mas também regional.